sexta-feira, 27 de julho de 2018

Os benefícios do crochê

Quem é crocheteira sabe que a técnica manual tem muitas vantagens. Há quem tenha começado para relaxar, aprender algo novo ou simplesmente criar as próprias peças. O crochê nunca esteve tão em alta

Passe pelo canal Luh crochê e confira as novidades nas aulas passo a passo

Crocheterapia Impossível não se sentir bem ao crochetar, pesquisas comprovam que a técnica é terapêutica, ajuda a relaxar e a fortalecer a concentração. É que a execução do trabalho diminui os hormônios do estresse e aumenta os níveis de serotonina e dopamina (substâncias responsáveis pelas sensações de felicidade!).  Até hospitais  já adotaram a técnica para aliviar a tensão dos pacientes e acompanhantes.

Faça peças exclusivas  Quer algo que não consegue encontrar? Faça você mesma.

Grana extra  Crochê nunca esteve tão em alta e está pelas vitrines afora e, não raro, ganham evidência nas passarelas da semana de moda. Porque não tecer profissionalmente?

É sociável  Grupos de artesãs estão por todas as partes e reúnem mulheres de todos os perfis e idades. Experimente fazer um tour por eles e ampliar seu círculos de amizades!

É forma de expressão  Transmitir uma mensagem por meio de linhas e agulhas é pura arte. Não à toa, a técnica tem sido usada por artistas e artesãs como forma de expressar poesias, sentimentos e críticas sociais 

Quer ter sua renda com o crochê? veja o vídeo abaixo para algumas dicas


Crochê na atualidade

Ola!
Como a história do crochê é algo muito rico devido a sua longa existência, hoje trago mais um pouco dessa maravilhosa arte para enriquecermos nosso conhecimento.
Após ler essa matéria não deixe de visitar o Canal Luh crochê de aulas passo a passo.
Não deixe também de conhecer a história do crochê, apresentada aqui no nosso blog.



No dia 12 de setembro temos a comemoração do dia do crochê, não existe um motivo histórico para que a data seja essa, porém, não podia deixar de existir um dia especial para essa tecnica de artesanato tão linda.

O crochê é muito usado atualmente; com constante vai e vem na moda. Mas ele vai muito além das tradicionais peças da vovó. Sua técnica aprimorou muito e é usada de outras formas, tal como na arte contemporânea e em intervenções urbanas. Alguns exemplos mais novos que posso citar são: o movimento Yarn Bombing, a criação de Amigurumis e o uso na ornamentação dos ensaios fotográficos newborn. 

quarta-feira, 25 de julho de 2018

A história do crochê Tunisiano

Hoje o Canal Luh Crochê traz um pouco mais de história, vamos conhecer um pouco sobre o crochê Tunisiano



O crochê Tunisiano é originário da Tunísia. Conta-se que surgiu das cameleiras que trabalhavam tiras fininhas de couro e vísceras de animais tecendo agasalhos. Agora ele é moda e invadiu o mundo e no Brasil, começa a aumentar o número de adéptas. O que mais atrai no Crochê Tunisiano é o fato de, com apenas uma agulha longa, com uma extremidade igual a agulha de crochê e do tamanho de uma agulha de tricô, seja possível trabalhar sem que seja necessário virar o trabalho, o que facilita para as principiantes, que necessitam visualizar melhor a execução do trabalho. 







Além do mais, a trama do crochê tunisiano é firme e indeformável, mesmo após sucessivas lavagens. Com ele, podemos usar todos os tipos de fios existentes no mercado e o que é ainda melhor: com barbante os trabalhos não ficam "emperrando" na agulha. 


O crochê tunisiano é uma técnica semelhante à do tricô manual, porém é realizado com uma única agulha com um gancho na extremidade, tal como a agulha de crochê tradicional.crochê tunisiano, conhecido como crochê/tricô, utiliza uma única agulha, de gancho, onde consegue-se fazer os pontos.





segunda-feira, 23 de julho de 2018

Tipos de agulha de crochê e como escolher

Em algum momento todas nós tivemos dúvidas de qual melhor agulha para determinado trabalho não é mesmo? Hoje trago aqui algumas informações sobre as agulhas existentes no mercado pra ajudar na escolha, após escolher sua agulha de uma passadinha no Canal Luh Crochê para escolher em qal trabalho irá utiliza-la.

Medidas da agulha de crochê

A agulha de crochê é medida por milímetro, apesar de cada fabricante acrescentar uma numeração própria, essa medida não é necessariamente padrão. Por isso, o que importa mesmo são os milímetros indicados, que é uma medida universal, sendo igual para todas as marcas.
Veja exemplo abaixo. Existe numeração menor e maior do que as mostradas abaixo.


Numeração das agulhas de crochê
Algumas numerações das agulhas de crochê


A medida da agulha de crochê irá variar de acordo com o fio escolhido e o quanto “apertado” você quer.
Cada linha possui uma recomendação de agulha para ser utilizada no rótulo. Às vezes é indicada mais de uma opção de agulha de crochê, como na imagem abaixo. Se você optar pelo tamanho menor, os pontos ficarão mais apertadinhos e se optar pela maior, os pontos ficarão mais soltos. Eu normalmente, não sempre, escolho a agulha de crochê menor por preferir um trabalho mais apertadinho, mas você poderá preferir ele mais solto. Sugiro que teste o que ficará melhor fazendo alguns pontos correntinhas antes de definir qual a agulha escolherá para seu trabalho.


Rótulo da linha de crochê indicando a medida da agulha.
Rótulo da linha de crochê indicando a medida da agulha.


Dica: Se você quiser um trabalho mais “apertado”, ou seja, com os pontos mais próximos e um resultado mais fechado, utilize a menor medida indicada no rótulo.
Material das agulhas de crochê
O formato do cabo é um grande diferencial, apesar de também fazer diferença o material da região do gancho na forma como a linha irá deslizar.
  • Aço niquelado – são as mais conhecidas e tradicionais, normalmente para trabalhos com fios mais finos é utilizado gancho com esse material. Por exemplo: as de 0,6mm / 0,75mm / 1,0mm / 1,25mm / 1,50mm / 1,75mm.


Agulha de crochê tradicional de aço niquelado.
Agulha de crochê tradicional de aço niquelado.


  • Alumínio colorida – muito semelhante às tradicionais de aço niquelado, mas são um pouco mais leves por serem de alumínio. Outra diferença é que são coloridas, o que facilita identificar seu tamanho, pois cada medida possui uma cor. Ganchos de alumínio permitem que você trabalhe suave e rapidamente.


Agulha de crochê de alumínio colorida.
Agulha de crochê de alumínio colorida.


  • Plástico – estão disponíveis em todos os tamanhos comuns, bem como ganchos jumbo. São muito grandes e geralmente feitos de plástico oco, porque é leve.



Agulhas de crochê de plástico Clover
Agulhas de crochê de plástico Clover

  • Bambu – são leves e quentes na mão. Estão disponíveis em todos os tamanhos, desde os menores até o jumbo, mas normalmente são utilizadas para barbantes (linhas mais grossas) e até mesmo tiras de tecido ou plástico.



Agulhas de crochê de Bambu
Agulhas de crochê de Bambu

  • Gancho de alumínio com cabo emborrachado – são mais anatômicas por causa do cabo achatado e emborrachado.



Agulha de crochê Clover Amour
Agulha de crochê emborrachadas



  • Gancho de alumínio com cabo de bambu – ideal para quem gosta de trabalhar com o cabo de bambu, mas prefere a forma que o fio desliza no alumínio. O exemplo abaixo é da marca Círculo, eles indicam essa agulha para trabalhar com o fio Barroco.


Agulha de crochê de Bambu com alumínio Círculo Barroco
Agulha de crochê de Bambu com alumínio 


  • Aço com Ponta dupla – normalmente cada ponta possui uma medida, assim você tem duas agulhas em uma só. Além disso, é possível fazer o crochê Tunisiano ou Afegão  utilizando a agulha de ponta dupla.


Agulha de crochê com ponta dupla de aço.
Agulha de crochê com ponta dupla de aço.


  • Gancho de alumínio com cabo de plástico e borracha São as chamadas “Agulhas Clover”, mas na verdade Clover é a marca e esse modelo abaixo é um dos que a marca possui, a Soft Touch. 
São consideradas agulhas ergonômicas, feitas para se adequar melhor às mãosAlgumas crocheteiras dizem que ajuda a evitar os calos no dedo causado pela prática constante de crochetar muito.


Agulha de crochê Clover Soft Touch
Agulha de crochê Clover Soft Touch




Agulha de crochê Clover Soft Touch
Agulha de crochê Clover Soft Touch


Outros de tipos de agulha de crochê
As agulhas acima são para a técnica do crochê Tradicional, mas existem ainda o Crochê Tunisiano (também conhecido como Afegão) e o Crochê de Grampo que utilizam agulhas diferentes para a confecção dos trabalhos. O Crochê Filé é outra modalidade, mas utiliza o mesmo tipo de agulha do crochê Tradicional. 
Agulha para crochê Tunisiano – observe que ela se parece com a agulha do tricô, mas possui o gancho da agulha de crochê .


Agulha de Crochê Tunisiano ou Afegão
Agulha de Crochê  de Alumínio para crochê Tunisiano ou Afegão
Agulha de Crochê de Bambu para Crochê Tunisiano ou Afegão
Agulha de Crochê de Bambu para Crochê Tunisiano ou Afegão

Agulha para crochê de Grampo – na verdade a agulha utilizada é a mesma do crochê Tradicional, mas você precisa de um tear, que é chamado pela maioria de agulha de grampo. Veja alguns modelos.



Tear para Crochê de Grampo
Tear para Crochê de Grampo de madeira





Tear para Crochê de Grampo de plástico e aço.
Tear para Crochê de Grampo de plástico e aço.




Tear para Crochê de Grampo de madeira.
Tear para Crochê de Grampo de madeira.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

A História do Crochê



Hoje, muitas de nós ganhamos a vida com o crochê, aprendemos com nossas mães, avós ou através de aulas, mas poucas conhecemos a origem desse maravilhoso trabalho. 
Fiz uma pesquisa, juntei informações e vou dividir com vocês um pouco do que aprendi, mas não deixem de passar pelo Canal Luh crochê que esta cheio de novidades
Então vamos a história...


“Croc” é uma palavra francesa, cujo seu significado é gancho. Para você que conhece uma agulha de crochê já pode pensar que faz sentido, não é mesmo? Pois a pontinha da agulha de crochê, seja de qual tamanho for, nos lembra sim um gancho. Assim, a palavra crochê se derivou dessa palavra francesa “croc”. Na França se usa Crochet, aqui no Brasil Crochê.
Algumas pesquisas arqueológicas apontam para a China como sendo o local que apresenta o primeiro registro dessa prática, tendo alcançado mais tarde a Turquia, Índia, Pérsia, Norte da África, chegando finalmente ao continente europeu no século XVIII.
Rainha Vitória 
Inicialmente, na Europa, a técnica foi sendo aos poucos modificada, onde os franceses chamam de “crochê no ar” – o tecido e o bastidor de fundo foram sendo abolidos e a linha, fio, começa a ser trabalhado diretamente na agulha.  Com, o tempo essa técnica foi sendo difundida, sendo atribuída tradicionalmente às mulheres de classes populares, porém ela se tornava para as senhoras da nobreza uma forma de passatempo, até mesmo a rainha Vitória (foto acima)  praticava a técnica de crochê. 
Annie Potter, especialista em crochê americano, nos fala que “A arte moderna do verdadeiro crochê como conhecemos hoje, foi desenvolvida durante o século XVI. Tornou-se conhecida como “Laço de crochete”na França e “Laço de corrente”na Inglaterra. (…) Em 1916, Walter Edmund Roth visitou descendentes dos índios da Guiana e encontrou exemplos de crochê verdadeiro”.




Outro pesquisador, da Dinamarca, Lis Paludan se interessou em buscar as origens do crochê para a Europa e o mesmo coloca três teorias sobre suas pesquisas:

  1. “O Crochê originou-se na Arábia, espalhou-se para Leste para o Tibete e para o oeste na Espanha, de onde seguiu as rotas comerciais árabes para outros países do Mediterrâneo;
  2. A primeira evidência do crochê veio da América do Sul, onde uma tribo primitiva teria usado adornos de crochê em ritos de puberdade;
  3. Na China, muito cedo era apresentado as bonecas tridimensionais trabalhadas em crochê”.
O próprio Paludan chegou a conclusão que não há “provas convincentes sobre a idade da arte do crochê, e de onde surgiu.” Antes de 1800, quase não se encontravam na Europa evidências do crochê. 
Tambour pode ser o precursor do crochê
Havia uma forma muito antiga de bordados que era conhecida na Turquia, Pérsia, Africa do Norte, índia e na china como trabalho de borda. Isso chegou na Europa em torno de 1700, quando essa técnica recebeu no nome de “tamboring”, no francês “tambour” ou aqui para nós, tambor.
É uma técnica onde um tecido é esticado dentro de uma moldura, de forma bem tensa, e o trabalho é realizado por baixo desse tecido. Havia uma agulha com um gancho onde era inserida para baixo. Os trabalhos eram realizados com fios bem finos, e com agulha semelhante a de bordar, e ali se formava um ponto corrente.


Foi a partir desse tipo de trabalho que, em 1800, com a evolução do tambour que os franceses chamavam de “crochê no Ar”, ou seja, quando foi retirado o tecido de baixo e o ponto funcionava sozinho. 
O crochê fazendo história na Irlanda
(teremos outro post com mais detalhes)
A dificuldade em tempos difíceis pode ser realmente a oportunidade para novas criações. Olha que legal essa história do crochê irlândes. As rendas e crochê irlandês são maravilhosos e tem a sua história.
Entre 1845 a 1850, os irlandeses passaram por dificuldades imensas conhecida como a fome das batatas. As condições de vida e de trabalho na Irlanda eram duras. Entre as tarefas domésticas e também trabalhos ao ar livre, para aproveitar a luz do sol. Mas chegava a noite e trabalhando com uma vela, ou lâmpada de óleo, acredito que com as nossas antigas lamparinas, os trabalhos naquelas condições primitivas, muitas peças crochetadas eram guardadas embaixo da cama o que as tornavam sujas. Mas, elas podiam ser lavadas e o brilho das peças eram recapturadas. 



Os compradores no exterior não sabiam que os delicados trabalhos dos colares e punhos eram feitos em habitações primitivas, na precárias condições de pobreza. “Trabalhadores irlandeses – homens, mulheres e crianças – foram organizados através do crochê. Cooperativas, escolas foram sendo formadas para ensinar a habilidade e os professores foram treinados e enviados por toda parte”. Assim, os irlandeses foram criando novos padrões. Apesar de 1 milhão de irlandeses terem morrido, nesse período de fome, as famílias dependiam de seus ganhos de crochê e com suas economias, puderam se preparar para emigrar e recomeçar suas vidas no exterior, levando com elas as suas habilidades na arte do crochê.
Como eram os materiais utilizados



Hoje encontramos diversos materiais, tanto nas agulhas como em diferentes fios prontos para se realizar a arte de fazer crochê, Mas nem sempre foi assim. Os irlandeses, usavam qualquer coisa que pudessem colocar nas mãos para realizar seus trabalhos: primeiramente os dedos, seguidos de ganchos de metal, feitos de madeira, espinha de peixe, osso de animal, chifre, colheres antigas, colher de tartaruga, marfim, cobre, aço, etc..
Nesse período de fome na Irlanda, o crochê irlandês fino era realizado com uma agulha ou um fio rígido, inserido em uma cortiça de madeira ou árvore, com a extremidade arquivada e dobrada em um pequeno gancho.
“Ao longo dos tempos, uma variedade de materiais foram utilizados: cabelos, gramas, juncos, peles de animais, lã, linho, fios de cobre, seda, fios de algodão”. E assim, foram sendo desenvolvidos até os  nossos dias diversas opções de fios e materiais para que se possa trabalhar com o crochê, alguns não tão comuns: fios de cobre, tiras de plástico, sisal, juta, pedaços de tecido e o que a criatividade permitir.
Atualmente,  temos inúmeras opções de agulhas, nos mais diversos tamanhos e materiais, e  fios. As facilidades e opções que encontramos hoje, disponíveis em inúmeros estabelecimentos comerciais, nem sempre nos deixa pensar ou lembrar como se desenvolveu cada material hoje disponível e o percurso que nossos antepassados passaram e suas dificuldades, para que possamos hoje desfrutar das inúmeras opções existentes de materiais para a elaboração dos projetos de crochê.
Quais eram as primeiras produções do crochê
Os pontos de crochê foram sendo desenvolvidos e foram muito úteis para as funções masculinas, foram criados por exemplo para os caçadores e pescadores, fios de fibras tecidas, cordas ou tiras de tecido para apanhar os animais, pássaros e peixes.  Outros usos foram sendo incorporados na vida doméstica, além das redes de pesca, utensílios de cozinha, sacos de jogo com nó, por exemplo.
Também o crochê foi sendo desenvolvido na decoração, para ocasiões especiais como nos ritos religiosos, nas celebrações de casamentos, funerais, ornamentação para armas, tornozelos, pulsos. Os trajes, principalmente na classe mais favorecida, eram utilizados as lindas rendas e peças de crochê em vestidos, casacos, chapéus, tocas, sendo um diferencial na vestimenta entre a classe rica e a classe pobre.
Assim, pode-se pensar que o crochê vez o papel inverso na questão do vestuário, ou seja, uma técnica desenvolvida pela comunidade menos favorecida sendo imitada e usada pela classe mais nobre. 


















Com uma agulha e fios, apenas uma ferramenta e um material e com o principal, as mãos  habilidosas onde essa agulha e fio vão estar presentes, mãos daqueles que se propuseram a aprender, criar e desenvolver nessa arte do crochê, só podemos aplaudir, parabenizar e agradecer pelas inúmeras produções realizadas ao longo dessa história do crochê.




Tapete Gatinhos